“Atuar na produção de imagens hoje, especialmente imagens que tenham o corpo como centro do discurso de alguma maneira, torna-se um elemento distintivo no mercado cultural. Dentre essas práticas culturais, temos três formas de ‘casamento’ entre a dança e o cinema: o cinema musical, o cinema do corpo e a videodança. Os dois primeiros tipos de casamento estão claramente dentro do campo cinematográfico, enquanto a videodança – uma nova manifestação artística, que não é só vídeo, nem só dança, muito menos o somatório simplesmente do vídeo com a dança – está marcadamente presente no campo da dança.” É o que esclarece Ana Paula Nunes de Abreu, da Universidade Fluminense, em sua apresentação Cinema, Dança e Videodança, no Seminário Interseções, em Recife.

E é nesse entedimento de que a videodança se insere na área da dança, efetivamente, que estamos pesquisando como aprofundar questões de como a videodança pode e deve utilizar a riqueza das suas possibilidades de material expressivo para pôr em discussão quais funções queremos exercer com esse corpo contemporâneo e com a produção de imagens que dançam.