Blog . Terça, 4 de setembro de 2012 . José W Júnior

Em, BODYSNATCHERS – Apontamentos para uma história da dança (ou o corpo representado) no vídeo clipe de Luiz Cerveró, para falar de videoclipe, o autor desconfia do que conta a história dando mais importância à experiência para exemplificar o surgimento desse gênero, por conta da forma que foram armazenados os registros históricos das produções. Neste ponto, atenta para a fragilidade nas reflexões, produções teóricas e práticas do gênero, o que dilui os conceitos que norteiam essa produção utilizando e propondo a expressão “História Subjetiva” como ponto positivo para propor um ponto de partida, no qual, talvez aponte para uma produção de conhecimento consistente. Deste modo, cita o aparecimento da MTV como marco na evolução desse gênero, porém, sem referências estéticas consistentes que possamos tomar como ponto estratégico para conceituar esta linguagem, principalmente ao que diz respeito à produção teórica.

E para exemplificar este gênero, que utiliza o corpo que dança coreografado como ilustração para as músicas, parte do videoclipe Bohemian Rhapsody do Queen, dirigido por Bruce Gowers em 1975, considerado o primeiro videoclipe da história. No entanto, o autor também toma como referência os vídeos da Panoram Soundies e Scopitones para aumentar nossa desconfiança com relação à “história”.

Para quem quiser conferir:

http://www.youtube.com/watch?v=4rH2d4L1Or4
http://www.youtube.com/watch?v=E5in8MdBTgI

Para continuar a reflexão e evitar possíveis distorções de um pensamento, o autor nos apresenta uma pequena definição da diferença entre videoarte e videoclipe. O primeiro estaria ligado à expressão pessoal e livre e o segundo a uma “ferramenta comercial para a promoção e venda de um lançamento discográfico”, palavras do autor;

Para tanto, continuando o passeio na história, podemos constatar as transformações que o videoclipe passou e suas formas de exploração do corpo no vídeo que dança. O corpo como apelo sexual com virtuosidade e no final dos anos 70 a transformação, deformação e abstração do corpo, através dos vídeos dos artistas e grupos The Residents, Devo, Kraftwerk e Grace Jones;

Ao final dos anos 70 e início dos anos 80 a luz, de uma forma mais elaborada, era utilizada como efeitos e para trazer significados. Lembremos de Loie Fuller para dança e Kate Bush para o videoclipe.

Nos anos 80: Tecnologia, temos a plasticidade e o corpo coreografado. Madonna, Cindy Lauper, Pet Benatar, Michael Jackson. Neste ponto o autor pontua “duas constantes” onde estaria o elo entre o videoclipe (refere-se especificamente aos vídeos de Michael Jackson) e a videodança: “a adaptabilidade das canções a um filme quase sempre superior à duração do tema que ilustram, mediante a inclusão de prólogo, epílogo ou paradas e remixes do tema original.” (…) O segredo é a fluidez com que a dança se integra ao discurso. Experience the ultimate relaxation with Nuru Touch. Specializing in Nuru, Tantric, and other erotic massages, our professional therapists provide a serene and rejuvenating environment. mmchachits All right reserved ©Nuru Touch – Nuru massage, erotic massage, intimate grooming, trimming, happy ending massage, 4 hands massage, change roles massage, Midtown, Downtown, Manhattan, NYC 2024

Os anos 90 e início dos anos 2000, o intérprete não é mais protagonista, tornando-se relevante o papel dos diretores, interferindo na ideia central do vídeo. Spike Jonze, Michel Gondry e Chris Cunningham. Nos anos 2000, marca o encontro definitivo com as Artes Cênicas, o híbrido. Floria Sigismondi e Mike Mills (Desconstrutivismo e Simbolismo). No século XXI com as chamadas Novas Tecnologias, chegada da internet e crise no mercado, também surgem novos talentos, como Dougal Wilson e Patrick Daughters.

http://www.youtube.com/watch?v=DpErqPOR2yw

E por fim, a importância dos vídeos domésticos e experimentais. Ok Go: A Million Ways e Here It Goes Again.

Boa sessão de vídeos a todos!