Blog . Sábado, 20 de janeiro de 2012 . Marcelo Sena

A partir de hoje, o blog da Etc. que continha todas as nossas postagens, passa a ser subdividido, para melhor situar nossas tantas atividades dentro da companhia. Com a aprovação do projeto “Contribuições entre o Corpo e o Vídeo – Manutenção de Pesquisa da Cia. Etc.”, incentivado pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura – Funcultura, decidimos subdividir o blog, para quem for querer saber especificamente de cada ação da companhia.

Como parte deste projeto de manutenção, a cada semana, um artista-pesquisador irá fazer alguns comentários e reflexões sobre a pesquisa, deixando escapar já alguns vestígios de nossa pesquisa que, na prática, acontece desde 2008. Agora o que temos a fazer é sistematizar um pouco mais e aglutinar esforços para produzir e refletir mais intensamente sobre essa linguagem que tem convivido com todos os corpos da Etc., incluindo artistas da dança, do vídeo, da música, do designer, da luz, da produção e de tantas outras que vêem encontrando mais espaço dentro do trabalho do grupo.

Para quem estiver interessado em saber o que esboçamos inicialmente, aqui vai um roteiro de nossos estudos, divido em 4 módulos:

 

1 => Introdução à linguagem videográfica

Enquadramentos

Ângulos

Movimentos de câmera

Campo e contra-campo

Fora de campo

Duração de planos

Usos da luz natural e luz artificial

Usos do som e da música no audiovisual

Conhecimentos básicos dos recursos da câmera

Conhecimentos básicos dos recursos de edição

2 => Estudo da narrativa

Dimensão ficcional e diegese

Direção de arte no audiovisual

Tempo x Espaço no audiovisual e na dança

Montagem e narrativa

Narrativas do corpo e do movimento

Estilos, escolhas e experimentações da narrativa

3 => Videodança e história

Representação e reprodução do movimento

Surgimento do cinema

Musicais

Cinema de vanguarda

Videoarte e corpo

Primeiras videodanças

Videoclipe

Dança e tecnologia

Produção contemporânea de videodança

4 => Videodança e linguagem

Hibridismo entre dança e vídeo

Conceito e estética na videodança

Corpo e espaço

Corpo e sensorialidade

Espaço tridimensional e bidimensional

Transfigurações do corpo e do movimento

Criação de movimento para a câmera

Especificidades e experimentações em videodança

 

O primeiro e segundo módulos serão tratados de uma forma mais aplicada, a partir de experimentos práticos com equipamentos e locações, enquanto os outros dois serão mais reflexivos e teóricos, a partir de um grupo interno de estudos (que conta também com duas convidadas: Ailce Moreira, pesquisadora do Acervo RecorDança e que também vem estudando videodança, inclusive focando em muitos trabalhos da Etc.; e Juliana Brainer, que acabou de fazer um mestrado na Espanha, também focando seus estudos em videodança e no processo criativo da companhia).

Durante a pesquisa, cada artista-pesquisador também irá escrever um artigo, cada um escolhendo seu recorte. E quatro experimentos em videodança serão realizados ao longo do ano.

Ao final do projeto iremos apresentar os resultados da pesquisa e fazer uma prestação de contas publicamente, mostrando como foram administrados os recursos públicos para este projeto.

No final do ano passado (12 de dezembro), cada um expôs algumas expectativas sobre o projeto:

Breno César (artista-pesquiador)

Inteirar-se mais sobre as duas linguagens

Formatar um pensamento teórico de algo que vivenciou

José W Júnior (artista-pesquiador)

Criar e refletir sobre a produção em videodança

Marcelo Sena (artista-pesquiador)

Aprofundar o conhecimento em videodança e contribuir para a sua reflexão

Todos terem propriedade para aplicar oficinas, laboratórios e palestras em videodança

Liana Gesteira (artista-pesquiador)

Entender melhor o processo de pensar vídeo

Analisar as relações entre quem filma / edita / dança

Natalie Revorêdo (artista-pesquiador)

Realizar experimentações no corpo (pensadas anteriormente) para testar como reagem com o vídeo

Hudson Wlamir (produtor)

Encontrar os caminhos da produção em audiovisual

Caio Lima (artista-pesquiador)

Pensar e experimentar a passagem da percepção para o simbólico: do som para o movimento

Diagnosticar um “ouvido Etc.”

Em nosso primeiro encontro deste ano (9 de janeiro), fizemos uma leitura de todo o projeto e repensamos a distribuição do roteiro de estudos e de como aplicaríamos a prática durante a pesquisa. Nosso horário mais específico da pesquisa ficou:

Segunda-feira: 11h às 13h (grupo de estudos teóricos)

Quinta-feira: 9h às 13h (foco prático)

Mas em todos os outros dias continuaríamos trabalhando questões de criação, que possam contribuir com a pesquisa, ficando nossa rotina criativa de segunda a sexta, das 9h às 13h, na Casa Mecane (Av. Visconde de Suassuna, 338, Boa Vista, Recife).

O primeiro encontro do grupo de estudos foi para a discussão do texto de Ailce Moreira: “Um possível caminho da videodança no Recife”, publicado inicialmente no livro do RecorDança, lançado ano passado, mas também publicado no site Idança (http://idanca.net/lang/pt-br/2011/10/21/videodanca-um-possivel-caminho-dessa-historia-no-recife/19102), contextualizando um pouco o surgimento da videodança em Recife e algumas reflexões sobre alguns elementos que poderiam definir essa linguagem. No 1win Casino, você encontra uma vasta seleção de jogos de cassino online que garantem diversão e emoção. Desde slots até jogos de mesa, o https://win1.com.br/ oferece uma experiência completa e segura. Os bônus generosos e as promoções regulares tornam a experiência ainda mais atraente. Venha jogar no 1win Casino e descubra por que tantos jogadores escolhem esta plataforma para suas apostas.

O momento prático foi a partir do módulo “Linguagem Videográfica”, começando pelo estudo de planos e ângulos.

Em planos, vimos:

– Plano Geral / Conjunto / Médio / Close / Detalhe

– Primeiro Plano / Segundo Plano / Terceiro Plano

Em ângulos:

Plongée (mergulho): visão de cima para baixo, geralmente produz o efeito de diminuir o sujeito na tela.

Contra-plongée (contra-mergulho): visão de baixo pra cima, geralmente produz o efeito de enaltecer o sujeito na tela.

Vista zenital: câmera totalmente apontada pra baixo num ângulo perpendicular ao chão.

Câmera inclinada: perde-se o padrão de horizontalidade, geralmente tem a função dramática de desestabilização, desequilíbrio.

Visão padrão: geralmente ao nível do chão em pé e mantendo as noções de horizontalidade e verticalidade bem definidas

A partir desses estudos iremos fazer experimentos práticos desses “planos” e “ângulos” no Parque 13 de Maio, na semana seguinte.

Nos falamos na semana que vem, com o post de Caio Lima, nosso próximo porta-voz. E quem quiser deixar comentários e sugestões, é só deixa aqui no nosso site, que irá contribuir com nossa pesquisa, com certeza!