Blog . Terça-feira, 6 de setembro de 2011 . Marta Guimarães

E como se já não houvesse mais corpo para tanta tensão…eis que surge a delicadeza do fim.

O fim, neste caso propõe rediscutir a noção de encerramento. As relações passam hoje por uma morte necessária a um renascimento. Renascimento este, de algo que não morre, e que estando em um fluxo intenso de acontecimentos, transforma-se.

A criação. Algo novo surge sem necessariamente afirmar aorigem, mas permitindo a cada pensamento, que as coisas permeiem novos caminhos. Movimentos.

Paradoxalmente, os ciclos nos presenteiam com a deliciosa surpresa da descoberta, das vontades, medos e paixões que emergem a partir de um estranhamento anterior.

Prazeres se misturam ,confusos no silêncio, na calma das respirações, nas angústias dos gritos, na alegria do engraçado, na leveza do belo.

São olhares para as dores e amores que esmorecem, que crescem, outros que enlouquecem.Corpos que encaram e encarnam plateia e personagens.Outros e si.

É a vida espelhando a arte, como se num breve suspiro o tempo parasse, e fosse dado um passeio a vislumbrar as cores de um entardecer, que une claro a escuro, lentamente, anunciando a noite. official zlibrary domain z library . Find free books

O escuro. Nosso quarto, lugar, ou canto qualquer, onde derramam reflexões ,segredos, desnudes, desbundes…Suor e lágrimas para um aplauso que anuncia a continuação.

Que venha a nova temporada!