A companhia de dança Cia. Etc. e a banda Rua do Absurdo lançam nesta segunda (19/10) o videoclipe da canção QUEDA, filmado em casa durante o isolamento social. O vídeo, que também pode ser categorizado como uma videodança, foi dirigido, concebido e dançado por Filipe Marcena e Marcelo Sena, da Cia. Etc., e é um take único gravado com a técnica de “timelapse”, um processo cinematográfico em que a frequência de cada quadro por segundo de filme é muito menor do que aquela em que o filme é reproduzido. Deste modo, a gravação que durou 2 horas sem cortes resulta em 5 minutos e meio. O videoclipe está disponível no YouTube e IGTV da Rua do Absurdo e da Cia. Etc.
O álbum QUEDA foi gravado entre 2014 e 2020 e acaba de ser lançado nas principais plataformas de streaming, além de estar à venda na Bandcamp, plataforma online para artistas independentes. É o terceiro álbum da Rua do Absurdo, formada por Caio Lima (Voz), Yuri Pimentel (Contrabaixo), Hugo Medeiros (Bateria), Nelson Brederode (Cavaco) e Bruno Giorgi (Texturas), e é a materialização de um longo processo criativo em que o grupo questionou sua forma de agir artisticamente diante de um cenário cada vez mais degradante, marcado por crises que se acumulam entre os trágicos efeitos das mudanças climáticas, o agravamento da necropolítica e a proliferação de visões sobre o fim do mundo.
A Cia. Etc., formada atualmente por Filipe Marcena e Marcelo Sena, vem há 20 anos criando espetáculos de dança, intervenções urbanas, performances e videodanças, e aceitou o desafio de pensar uma videodança que também pudesse ser vista como um videoclipe. Muitas conversas entre a companhia e a banda foram dando o direcionamento de como o vídeo poderia materializar as ideias, sensações e atmosfera que a música e todo o álbum QUEDA carregam.
A parceria entre a Banda Rua e a Cia. Etc. existe desde 2011 e já rendeu vários resultados como trilhas sonoras de espetáculos, videodanças e pesquisas sobre a relação entre dança e música.
Mais informações
www.instagram.com/ciaetc
www.instagram.com/ruadoabsurdo
Foda! O corpo soluça… Fios, mãos, braços, mais… Queda, queda, quedas, navegando-nas… Emaranhadamente entres… Chãos tremem… Nada é carne também…
O voo só acontece no espaço do vazio né isso?! E esse foi o sentimento que o isolamento trouxe… aquele vazio imenso… e no meio dessa loucura, de todas as dores… queda, a arte. Que potência! Sou fã. Admiro muito vcs.
Sou só alegria pelas conquistas e realizações de vocês …. O tempo enquanto modulador dos pesos e densidades que nos atravessam e às vezes são sentidos como queda. A visualidade de um tempo que se apressa em nos revelar a necessidade de pausa, de lentidão. É preciso aprender a habitar o agora, com sua infinitas possibilidades de saciar nossa sede de futuros incertos e passados ressurgentes. O passar do tempo, um encadeamento de agoras que parecem escorrer pelos dedos quando não se olha para eles atentamente. Corpo, movimento e ruídos servem de metáfora para a urgência do agora enquanto única possibilidade real de existência. Celebro vocês. umxerupracadaumvisse
Amei, meu corpo ficou aqui se debatendo. Achei incrível!