Blog . Segunda-feira, 23 de abril de 2012 . José W Júnior (Foto de Breno César)
Penso que a oficina de videodança com Jaqueline Vasconcellos (prefiro chamar de encontro), foi extremamente provocativa. As informações que recebemos chegaram de uma maneira que nos tirou de um lugar de conforto – no que diz respeito à nossa pesquisa corpo e vídeo – pois pudemos perceber caminhos que nos levaram a reflexões extremamente ricas e de grande importância.
Sempre resisti bastante à idéia de trabalhar com vídeo porque achava que ainda não dava conta de entender e trabalhar com o corpo: humano (salve Domithila!), anatômico, fisiológico, que havíamos começado a descobrir na pesquisa Pele e Ossos, como se o corpo ou a idéia que eu tinha de corpo me fosse suficiente para “DANÇAR”. Eu não entendia de que forma eu poderia dialogar com essa outra linguagem “AUDIOVISUAL”.
Querer hibridizar, fundir, misturar, fazer dialogar duas linguagens, para gerar outra. Não é tarefa fácil cuidar bem de nossa criança-adolescente “VIDEODANÇA”. Devemos sistematizar, estabelecer princípios e inclusive tratar de questões políticas, pois, onde classificaremos essa nova linguagem? Ajudá-la a ficar adulta.
“É preciso se ter muito caos interno para dar à luz (se parir) uma estrela brilhante!” Nietzsche
Fez muito sentido para mim essa frase nesta semana, pois parecia concreta, material, tomou vida, tornou-se realidade. O corpo realmente estava em crise, no entanto, várias questões voltaram ao seio das discussões…O que é movimento? O que é corpo? O que é corporeidade? Qual o lugar do experimento? Valeu Ju!
Mas, a palavra que me faz compreender melhor e encontrar elementos que possam me ajudar a trilhar caminhos dentro dessa nova linguagem é: composição.